sexta-feira, 4 de junho de 2010

- Não tenha medo - murmurei. - Nós pertencemos um ao outro.
De repente fui dominada pela verdade de minhas palavras. Aquele momento era tão perfeito, tão correto, que não havia dúvidas.
Seus braços me envolveram, apertando-me contra ele, verão e inverno.Eu tinha a sensação de que cada terminação nervosa do meu corpo era um fio desencapado.
- Para sempre - concordou ele, depois me levou com delicadeza para águas mais profundas.

O sol quente na pele nua de minhas costas me despertou de manhã. Era o fim da manhã, talvez já tivesse passado de meio-dia, eu não tinha certeza. Mas tudo a meu lado estava claro; eu sabia exatamente onde estava - o quarto iluminado com a cama grande e branca, a luz radiante entrando pelas portas abertas. A nuvem do mosquiteiro atenuava o brilho.
Não abri os olhos. Estava feliz demais para mudar alguma coisa, por menor que fosse. Os únicos sons eram as ondas do lado de fora, nossa respiração, meu coração batendo...


Livro AMANHECER, pag. 60 e 61.


Nenhum comentário:

Postar um comentário